No dia 27 de novembro de 1916, Donga (Ernesto Santos) tomou uma estranha decisão: foi até a Biblioteca Nacional e registrou, sob o nº 3295/, sua composição Roceiro. Nascia, assim, de pai conhecido e com registro civil, o primeiro samba, que faria grande sucesso no carnaval de 1917 e ficaria famoso como Pelo Telefone:
A partir dessa época, o samba ainda vacilante de Donga, Sinhô (José Barbosa da Silva) e Caninha (José Lins de Morais), por influência de alguns compositores do Estácio, bairro do Rio, como Ismael Silva, Nilton Bastos, Bide, Armando Marçal e Heitor dos Prazeres, vai ganhar um ritmo batucado, que fará dele o gênero mais popular da cidade.
Assim, o entusiasmo pelo samba e pelo carnaval carioca, nos anos 20, concentrará quase toda a produção da música popular brasileira na Capital Federal. Em 1922, Eduardo Souto aparece com a marcha Eu Só Quero É Beliscá, e Sinhô lança o samba-batuque Sete Coroas, alusão a um "malandro" do Morro da Favela.
Nesse mesmo ano, um grupo de músicos populares, financiado pelo milionário Arnaldo Guinle, viaja ao exterior e se exibe em Paris, no Dancing Schéhérazade. São os Oito Batutas, que abrem o espetáculo com um maxixe de Pixinguinha:
Um sucesso. Os brasileiros ficaram seis meses em cartaz. O Correio da Manhã comenta o "feito histórico": "Pixinguinha com a sua flauta infernal faz o diabo. China abafa no pinho e desperta paixões". Os Oito Batutas não só serão os primeiros a lançar a música popular brasileira no exterior, como também trarão para o Brasil "le dernier cri" da moda musical na Europa: o fox-trot, o shimmy e o ragtime. Assim, influenciados pelo jazz, incluirão saxofones, clarinetas e trompetes no instrumental do grupo e utilizarão arranjos ao estilo das jazz-bands. Voltando ao brasil, atuarã no Cabaré Assírio, na revista Voilá Paris, da companhia francesa Bataclan.
Fonte: Nosso Século Vol. 4 (1910/1930 - II) e Site Cifra Antiga - http://cifrantiga2.blogspot.com/
A partir dessa época, o samba ainda vacilante de Donga, Sinhô (José Barbosa da Silva) e Caninha (José Lins de Morais), por influência de alguns compositores do Estácio, bairro do Rio, como Ismael Silva, Nilton Bastos, Bide, Armando Marçal e Heitor dos Prazeres, vai ganhar um ritmo batucado, que fará dele o gênero mais popular da cidade.
Assim, o entusiasmo pelo samba e pelo carnaval carioca, nos anos 20, concentrará quase toda a produção da música popular brasileira na Capital Federal. Em 1922, Eduardo Souto aparece com a marcha Eu Só Quero É Beliscá, e Sinhô lança o samba-batuque Sete Coroas, alusão a um "malandro" do Morro da Favela.
Eu Só Quero É Beliscá (marcha/carnaval, 1922) - Eduardo Souto
"Nous sommes batutas/ ...Venus du Brésil/ ...Nous faisons tout le monde/ Danser le samba..."
Um sucesso. Os brasileiros ficaram seis meses em cartaz. O Correio da Manhã comenta o "feito histórico": "Pixinguinha com a sua flauta infernal faz o diabo. China abafa no pinho e desperta paixões". Os Oito Batutas não só serão os primeiros a lançar a música popular brasileira no exterior, como também trarão para o Brasil "le dernier cri" da moda musical na Europa: o fox-trot, o shimmy e o ragtime. Assim, influenciados pelo jazz, incluirão saxofones, clarinetas e trompetes no instrumental do grupo e utilizarão arranjos ao estilo das jazz-bands. Voltando ao brasil, atuarã no Cabaré Assírio, na revista Voilá Paris, da companhia francesa Bataclan.
Fonte: Nosso Século Vol. 4 (1910/1930 - II) e Site Cifra Antiga - http://cifrantiga2.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário