quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cartola - 1908/1980




Amante do Carnaval, Cartola se tornou um mito do samba e da MPB. Com a morte do avô, o menino Angenor de Oliveira viu sua vida virar de ponta-cabeça. Nascido no Catete, no Rio de Janeiro em 1908 e morando em Laranjeiras, o terceiro de uma família de 10 irmãos foi obrigado pelo pai a começar a trabalhar cedo, aos 11 anos, tão logo mudou-se para o morro da Mangueira. Abaixo, Cartola em 1920, com 12 anos:

Aos 15 anos, trabalhando em uma gráfica passou em frente a uma construção. Viu pedreiros assoviando para as garotas e às vezes se dando bem. Pensou: "isso que é emprego". Passou a trabalhar na obra, como servente. Para que o cimento não caísse em seu cabelo começou a usar um chapéu coco, ao qual tinha grande apreço. Surgiu daí o apelido que o imortalizou, Cartola. Foi nessa época que a mãe morreu, fato que contribuiu para que largasse os estudos, tendo concluído a quarta série do que hoje equivale ao Ensino Fundamental. Após uma briga com o pai, acabou expulso de casa. Sem ter para onde ir, farreava ao longo do dia e a noite dormia no trem, viajando entre a Central do Brasil e a Dona Clara.
Quando voltou, o pai havia saído de casa. Caiu na vida. O jovem rapaz frequentava a zona de meretrício, quedou-se doente. Teve gonorreia, cancro duro e cancro mole. Deolinda da Conceição, 25 anos, sua vizinha 8 anos mais velha e casada, começou a cuidar dele. Limpava o barraco onde morava e fazia-lhe comida. A mulher se apaixonou e acabou abandonando o marido.
Apreciador de ranchos - antigos blocos de carnaval - quando atingiu a maioridade era considerado o melhor pedreiro do morro. Apesar disso, não era chegado ao trabalho. Ficava nas esquinas, bebendo, tocando violão ou fazendo samba. No final dos anos 20, começou a montar um bloco carnavalesco. Em 1928, foi um dos sete fundadores da Mangueira, escola de samba que desfilaria pela primeira vez no ano seguinte. Abaixo, o jovem Cartola:

Foi Cartola quem a nomeou como Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. "Eu resolvi chamar de Estação Primeira porque era a primeira estação de trem, a partir da Central do Brasil, onde havia samba", declarou. Quando começou a tocar os primeiros sambas, este ritmo musical era visto como coisa de malandro e marginal. O primeiro que compôs foi "Chega de Demanda", uma espécie de proposta para que os blocos da Mangueira se unissem em uma agremiação maior. Já o provável segundo foi feito para disputar um concurso de samba da cidade. São as músicas Beijos e Eu Quero Nota. Abaixo, desenho representando Cartola, com as cores verde e rosa da Mangueira:

Em 1931, Cartola vende seu primeiro samba, por 300 mil réis, para Mário Reis. A música Infeliz Sorte foi gravada por Francisco Alves. Em seguida, com Chico Alves, gravou Não Faz, Amor, Tenho um Novo Amor, Divina Dama, Diz Qual foi o Mal que eu te Fiz. Naquela época, um chapéu de palha custava sete mil-réis. Abaixo, Chico Buarque cantando Divina Dama:

Em um concurso realizado em 1935 por um jornal carioca, onde os leitores deveriam votar em um compositor por meio de um cupom impresso no jornal, Cartola recebeu 2 únicos votos, de seu amigo Noel Rosa. Paulo da Portela foi o grande vencedor. A Mangueira só não apoiou Cartola porque estava em crise, com a doença e morte de Saturnino Gonçalves.
No entanto, dois anos depois Cartola foi aclamado e ganhou uma medalha de ouro em um concurso de compositores. O evento foi promovido pelo Departamento de Turismo da Prefeitura do Rio de Janeiro. As músicas Partiu, uma das preferidas do maestro Heitor Villa Lobos, e Sei Chorar são as responsáveis por este título.
Ao longo de 1940, Cartola chegou a participar durante três meses do programa A Voz do Morro, transmitido pela Rádio Cruzeiro do Sul. Junto com o amigo Paulo da Portela, que depois iria para a Mangueira, cantava músicas próprias e de outros compositores.

A partir de 1941, o compositor passou por uma série de reveses em sua vida e carreira. De 41 a 47 só a Portela ganhou os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. O período ficou conhecido como "7 anos de Glória". Exceto em 1942, quando ficou em 3º lugar, em todos esses anos a Mangueira conquistou a vice-liderança.
Em 1946, aos 38 anos, Cartola foi acometido por meningite. Curou-se no ano seguinte. A recuperação foi tema da música Grande Deus. Logo depois de ter melhorado da doença, sua esposa, Deolinda, morre. No ano em que a escola de samba Império Serrano estreou e ganhou o Carnaval (1948), a Mangueira ficou em 4º lugar. Foi a última vez que Cartola puxou um samba de sua autoria durante um desfile. Sem a mulher e sem a escola, o compositor "some". Envolve-se com uma mulher chamada Donária.
O músico escondeu-se em Nilópolis e em Caxias com Donária. Depois que chegou ao fim, este relacionamento foi relembrado na canção Tive, Sim, dedicada a Eusébia Silva do Nascimento, a Dona Zica da Mangueira, sua segunda mulher, com quem casou-se em 1964. Abaixo, a música Tive, Sim:

O casal se conhecia desde a infância, mas quis o destino que Zica fosse cunhada do grande amigo e parceiro de Cartola, Carlos Cachaça. Ambos se reencontraram e Zica deu muita força para que o cantor desse uma nova guinada em sua vida. Abaixo, foto do casamento de Cartola e Dona Zica, em 1964:

Neste tempo em que ficou desaparecido, Cartola chegou a ser dado como morto. Foi encontrado trabalhando em uma garagem em Ipanema, onde lavava 11 carros por noite, apesar da idade já avançada.
Após ter sido redescoberto por Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, voltou a se apresentar, cantar em programas de rádio, e restaurantes. No final dos anos 50, com a proximidade das eleições foi convidado a ser cabo eleitoral. Conseguiu empregos em repartições públicas e, nessa fase, participou do filme Orfeu do Carnaval. Zica e Cartola aparecem como figurantes, na cena do casamento de Orfeu e Eurídice. São os padrinhos dos protagonistas.
Cartola foi se restabelecendo, contando com o apoio de Zica e amigos. Em meados dos anos 60, o casal administrou um influente restaurante, que funcionou como ponto de encontro da cena do samba carioca, o Zicartola. O empreendimento durou três anos, até passar para as mãos de João de Barro, mas Carlota e Zica saíram da experiência, tão pobres quanto entraram. Abaixo, o casal:


Apesar de seu sucesso - nos anos 30 era chamado de "mito" pela imprensa e nos anos 70 de "mito vivo da música popular brasileira" - Cartola não ganhou muito dinheiro em vida. Foi, isso sim, bastante ativo e trabalhador. Seu primeiro LP foi gravado entre os meses de fevereiro e março de 1974, aos 65 anos, após muita insistência por parte do compositor. Abaixo, a capa:


"Mesmo depois de gravado eu não acreditava. Precisei ter o disco na mão. Precisei ver ele sendo vendido, nas lojas pra acreditar. E me senti muito emocionado, quando ouvi a minha voz no disco. Eu já tinha até pensado que ia morrer sem gravar um disco. Tava até perdendo a vontade de compor, vendo que tanta gente gravava e só não chegava a minha vez. Quando o disco saiu, voltei a fazer música correndo", declarou em entrevista ao jornal carioca O Globo.
Em abril de 1976 foi lançado o seu segundo disco, que trouxe um de seus maiores sucessos, As Rosas Não Falam. A canção foi um "presente de aniversário" que deu a si mesmo, uma vez que a compôs a 3 ou 4 dias de completar 67 anos. A música também chegou a ser tema de novela da Rede Globo.
Com o sucesso de seus LPs, Cartola enfrentou uma sequência de shows por diversas cidades brasileiras. Manteve o ritmo de trabalho quase até o final de sua vida. Dois ou três meses antes de morrer, gravou sua última música, a faixa Eu Sei, de um disco de Alcione.
Faleceu aos 72 anos, doente em uma cama de hospital. No final da vida conseguiu construir uma casa que serviu de residência para sua filha adotiva e outros familiares. Cartola morreu em 30 de novembro de 1980, em decorrência de um câncer. No dia seguinte, seu corpo foi velado na quadra da Mangueira, ao som de As Rosas Não Falam. Abaixo, Beth Carvalho cantando As Rosas Não Falam:


Contexto Histórico

Cartola nasceu em 11 de outubro de 1908, mesmo ano em que se comemorou o centenário da vinda da família real portuguesa ao Brasil. O nascimento do compositor deu-se pouco depois da morte do maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis.
Aos 11 anos, quando se mudou para a Mangueira, o morro estava em formação, com apenas 50 barracos naquela época.
A década de 30 foi uma das mais importantes para a carreira de Cartola. Foi chamado de "mito" pela imprensa da época. Passado os anos 70, ganhou a alcunha de "mito vivo da MPB". Em 1935, o compositor destacava-se como mestre de harmonia da escola de samba Mangueira. Naquele ano, a elite passou a reconhecer as escolas de samba, incluídas no programa oficial do carnaval por iniciativa do prefeito Pedro Ernesto Batista.
No começo da 2ª Guerra Mundial, em 1939, Cartola compõe sambas de inspiração patriota como Interpretação. Em parceria com Carlos Cachaça compõe Nazista, Quem És?.
O maestro britânico Leopold Stokowski vem ao Brasil e entra em contato com o maestro Heitor Villa Lobos, devido a seu vasto conhecimento de música brasileira. Villa Lobos então reúne artistas como Pixinguinha, Jararaca e Ratinho, Janir Martins e Cartola, que conheceu em uma festa nos anos 30.
Na ocasião do encontro entre o maestro polonês e os artistas brasileiros, foram gravadas 40 músicas dos vários artistas. Cartola teve quatro de suas composições gravadas. Meu Amor, Primeiro Amor (com Aluísio Dias), Tristeza (com Orlando Batista) e Quem Me Vê Sorrir (com Carlos Cachaça), sendo que apenas esta última entrou para o LP. Abaixo, Quem Me Vê Sorrir:


Curiosidades

Carnavalesco

Um dos fundadores da escola de samba Mangueira, a ligação de Cartola com o Carnaval pode ter vindo antes do berço, já na gestação. Passados os festejos daquele ano, sua mãe Aída Gomes de Oliveira descobriu que estava grávida. Ainda garoto, Angenor frequentava com o avô os ranchos, espécie de blocos carnavalescos do começo do século 20.

Literatura

Quando sua carreira como compositor e violonista começava a deslanchar, por volta de 1934, Cartola, cujas letras ficavam ótimas quando compunha em parceria com Carlos Cachaça, percebeu que precisava aprimorar a letra de suas músicas. Passou a ler poemas e romances; teve influência de Castro Alves e Gonçalves Dias. Leu Olavo Bilac e um pouco de Camões.

Vida dura

Apesar de ser interpretado por nomes de peso, como Carmem Miranda e ter vendido algumas de suas composições, Cartola não acumulou riquezas em vida. Após ganhar o concurso de compositores organizado pelo departamento de turismo do Rio de Janeiro, empenhou na Caixa Econômica a medalha de ouro que conquistou, pra aliviar as agruras econômicas da família.

Vícios

Em entrevista ao Jornal Última Hora, Cartola declarou que seus vícios eram "fumar, beber, tocar violão e correr atrás de mulher". Preferia as mulheres mais velhas "pra evitar filho e porque tem mais juízo". Boêmio, chegava a beber 2 litros de cachaça por dia.

Angenor ou Agenor?

Até os 55 anos de idade, Cartola acreditava se chamar Agenor. Foi em 1964, quando decidiu casar-se com Dona Zica para oficializar a relação de 12 anos, que descobriu em sua certidão de nascimento que seu nome de registro era Angenor. O nome em comum fez com que mais tarde o sambista fosse uma das influências de Cazuza, líder do Barão Vermelho, batizado como Agenor. Abaixo, Cartola cantando O Mundo É Um Moinho, em 1977:


domingo, 19 de junho de 2011

Drama, Ópera e Verdi


A palavra DRAMA vem do grego, e significa AÇÃO. Geralmente, utiliza-se essa palavra para definir uma “história” contada no teatro, no cinema ou até mesmo num livro. Assim, podemos falar que iremos assistir a um “drama”, quando vamos ao cinema...



Mas, como não existia cinema na Grécia Clássica, o “drama” era geralmente associado à literatura e /ou ao teatro. E, como teatro é mais "ação" que literatura...

No final do século XVI, surgiu a ÓPERA. E ópera é um DRAMA com MÚSICA. A primeira ópera (desaparecida), foi feita em 1597, por Jacopo Peri, e se chamava Dafne

Uma outra ópera de Peri, chamada Eurídice (1600) é a mais antiga que se conhece, e ainda existe.

As óperas mais antigas surgiram na Itália. Por isso, as óperas cantadas nesta língua são consideradas as originais. Mais há óperas cantadas em outras línguas, como o francês, alemão e inglês.

Os lugares onde se apresentavam as óperas também receberam o nome de ópera. A ópera mais famosa é o Scalla, de Milão:


Um dos mais famosos compositores de ópera foi Giuseppe Verdi (1813/1901), e sua óperas mais famosas são conhecidas por todos, até por você, que não gosta de óperas. Duvida? Então, veja algumas das óperas de Verdi, e ouça um trecho, para ver se conhece ou não:

1) Nabucco: foi escrita em 1842 e conta a história do Rei Nabucodonosor, da Babilônia. Ela se divide em quatro atos, sendo que o mais famoso é o terceiro, onde é cantado Va, pensiero ("vai, pensamento"). Esse canto, dos escravos judeus/hebreus, presos na Babilônia, serviu de símbolo para que os italianos lutassem contra os austríacos, que os subjugavam, nessa época:


Va Pensiero

Va', pensiero, sull'ali dorate. (Vá pensamento, sobre as asas douradas)
Va', ti posa sui clivi, sui coll, (Vá, e pousa sobre as encostas das colinas)
ove olezzano tepide e molli (Onde os ares são tépidos e macios)
l'aure dolci del suolo natal! (Com a doce fragrância da terra natal)
Del Giordano le rive saluta, (Saúda as margens do Jordão)
di Sionne le torri atterrate. (E as torres abatidas do Sião)
O mia Patria, sì bella e perduta! (Oh, minha pátria, tão bela e perdida)
O membranza sì cara e fatal! (Oh, lembrança tão cara e fatal)
Arpa d'or dei fatidici vati, (Harpa dourada de desígnios fatídicos)
perché muta dal salice pendi? (Por que você chora a ausência da terra querida?)
Le memorie del petto riaccendi, (Reacende a memória no nosso peito)
ci favella del tempo che fu! (Fale-nos do tempo que passou)
O simile di Solima ai fati, (Lembra-nos o destino de Jerusalém)
traggi un suono di crudo lamento; (Traga-nos um ar de lamentação triste)
o t'ispiri il Signore un concento (Ou que o Senhor te inspire harmonia)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
al patire virtù! (Para suportar o sofrimento)



Tradução e Letra: http://italiasempre.com/verpor/vapensiero2.htm

2) Rigoletto: ópera escrita por Verdi em 1851. Rigoletto é um corcunda e bobo da corte. Sua única alegria é a filha Gilda. Ele apóia o Duque, quando ele tenta seduzir a esposa do Conde, e quando Monterone o acusa de ter seduzido sua filha. Rigoletto zomba da ira de Monterone, e este lhe roga uma maldição, que se concretiza quando o Duque seduz sua própria filha. O trecho mais famoso desse ópera é La Dona e mobile (abaixo, cantada por Luciano Pavarotti):


La Dona e Mobile

La donna è mobile qual piuma al vento, (A mulher é móvel como pluma ao vento)
muta d'accento e di pensiero. (Muda de acento e de pensamento)
Sempre un amabile leggiadro viso, (Sempre um amável, gracioso rosto)
in pianto o in riso, è menzognero. (Em pranto ou em riso, é mentiroso)
La donna è mobil qual piuma al vento, (A mulher é móvel como pluma ao vento)
muta d'acc...ento e di pensier, e di pensier, (Muda de acen...to, e de pensamento)
e... e di pensier. (e de pensamento)


È sempre misero chi a lei s'affida, (É sempre um infeliz a quem ela se entrega)
chi le confida mal cauto il core! (Quem lhe confia incautamente o coração)
Pur mai non sentesi felice appieno, (Também nunca sente-se feliz em cheio)
chi su quel seno non liba amore! (Quem naquele seio não saboreia amor!)
La donna è mobil qual piuma al vento, (A mulher é móvel como pluma ao vento)
muta d'acc...ento e di pensier, e di pensier, (Muda de a...cento, e de pensamento)
e..........e di - pensier. (e de pensamento)


Letra e Traduçãohttp://italiasempre.com/verpor/ladonnaemobile2.htm


 3) La Traviata: em português, poderia ser chamado de "a mulher caída". Verdi se baseou na Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, para compor essa ópera em três cenas, que estreou em 1853. Violetta Valéry, uma socialite, conhece Alfredo Germont, numa festa, e ele lhe declara seu amor. Violetta responde que não sabe amar mas, em segredo, gosta das palavras do rapaz. Eles passam a viver juntos, até que o pai dele pede a ela que se afaste. Ela cede aos pedidos do pai de Alfredo, e os dois só se reconciliam quando ela está à beira da morte, debilitada pela tuberculose. A música famosa, aqui, é Libiamo, cantada no primeiro Ato:



Num próximo post, veremos outros compositores de ópera, como Bizet, autor de Carmen (onde podemos ouvir a Habanera) ou Rossini, que compôs o Barbeiro de Sevilha...


Habanera


habanera, ou havaneira em algumas traduções para o português, é um estilo musical criado em Havana, (Cuba).


A habanera, cujo nome deriva da cidade de onde é oriunda (La Habana, em espanhol), foi a primeira música genuinamente afro-latino-americana, que foi levada de Cuba para salões europeus por volta do século XVII. Foi sofrendo alterações em sua estrutura básica devido aos arranjos que lhe deram os músicos da Europa, e assim, alterada, voltou às Américas através dos imigrantes portugueses e espanhóis. Abaixo, Havana, capital de Cuba, onde nasceu a Habanera:


É uma música de compasso binário, com o primeiro tempo fortemente acentuado, com uma curta introdução seguida de duas partes de oito compassos cada uma, com modulação do tom crescente.
Da habanera derivam diversos ritmos como o maxixe brasileiro e o tango argentino. Também deu origem ao vanerão dos gaúchos.


É uma dança que foi também, algumas vezes, aproveitada no repertório erudito, sendo o exemplo mais famoso a habanera da ópera Carmen, de Georges Bizet:


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