terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tambores Africanos

Dando continuidade ao texto sobre Música Africana, vamos analisar os principais instrumentos musicais africanos.

Tambor é o nome genérico atribuído a vários instrumentos musicais do tipo membranofone, consistindo de uma membrana esticada percutida.

HISTÓRIA

Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita-se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de árvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação roupas e outros objetos, percebeu-se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos depende dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu.
Os tambores exerciam nas civilizações primitivas diversos papéis. Além da produção de música para rituais e festas, os tambores, devido à sua grande potência sonora, também foram usados como meios de comunicação.
Nos textos bíblicos é possível encontrar várias referências ao tambor. Entre muitas, de destacar, no antigo testamento, alguns exemplos: Após a passagem pelo mar Vermelho, Miriam e as mulheres de Israel dançaram ao som de tambores (Êxodo 15:20). Outras mulheres dançaram com tambores após as vitórias de Saul e David (1 Samuel 18:6). O Salmo 149 (verso 3) incentiva a louvar ao Senhor com harpa e adufe.

Djembê (também chamado de djimbe, jembe, jenbe, yembe e sanbanyi) é um tipo de tambor originário de Guiné na África ocidental. O instrumento é muito antigo e até hoje é importante nas culturas africanas, sobretudo na região mandingue, que compreende os países Mali, Costa do Marfim, Burkina Faso, Senegal e Guiné.
O djembê é um instrumento musical de percussão (membranofone) que possui o corpo em forma de cálice e a pele tensionada na parte mais larga, que pode variar de 30 a 40 cm de diâmetro

Dundun (também conhecido como dunun, doundoun, ou djun djun) é o nome genérico para uma familia dos tambores graves africanos que se desenvolveram junto ao djembê na África Ocidental. Os conjuntos que usam o dundun tocam um tipo de música que é denominada também como dundun[1]. Conhecido como dundun em Yoruba, Nigéria. Existem três tipos: kenkeni (o menor), sangban (o médio) e doundounba (o maior). O kenkeni tem o diapasão mais alto e em geral mantém o ritmo em conjunto com um modelo simples.

Ng’oma ou ngoma (expressão que significa “tambores da aflição”[1]) é o tambor típico encontrado em toda a África bantu, construído esticando uma pele de animal sobre um cilindro de madeira. O seu uso foi levado pelos escravos negros por todo o mundo. No Brasil é usado nas cerimónias do candomblé bantu.

Sakara é um instrumento de percussão tradicional da música yorubá da Nigéria. Consiste em uma forma de tocar, feita de barro (argila) e coberta com pele cabra. Toca-se com uma baqueta.

Tambor de Fenda é o nome genérico de vários instrumento de percussão ocos, usualmente de bambu ou madeira, que ficam mais ressonantes através de uma ou mais fendas no instrumento.
Muitos tambores de fenda têm três fendas, cortados em forma de "H". Se, considerando os princípios de acústica, as resultantes línguas são diferentes em comprimento ou espessura, o tambor irá produzir duas diferentes frequências.
É semelhante às congas.

Tambor de Toras ou Troncos em toda África são chamados de Bamileke Tam Tam

Tambor Falante é um tambor da África Ocidental cilindro que a altura pode ser regulada de maneira que é dito o "tambor de comunicação". O tocador coloca o tambor embaixo do braço e bate o instrumento com um pau ou um aro de ferro com uma bola na ponta. Um tocador levanta ou abaixa o tom do tambor falante, ao apertar ou ao liberar as cordas do tambor com o braço. Isso pode produzir sons informativos extremamente complicados para transmitir mensagens. A habilidade de mudar a altura do cilindro é análogo ao da linguagem tonal de algumas línguas Africanas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Música Negra - Parte 1

Para começarmos a falar da música na América, temos que nos reportar ao grupo que mais contribuiu para o desenvolvimento dela: o grupo humano que veio da África. Não estamos, de forma alguma, desmerecendo os europeus ou os ameríndios, que também contribuíram para que houvesse uma música genuinamente americana. Mas, quando lembramos que os negros influenciaram decisivamente no surgimento do Rock'n'Roll, do Reggae, do Samba, do Blues, do Axé-Music, isso só para citar os mais conhecidos, tal influência se torna inconteste. Assim, essa série pretende resgatar a participação dos negros nessa formação musical.
Antes de mais nada, lembremos que a África não era tão atrasada como se procura mostrar, muitas vezes. Antes da chegada dos europeus ao continente africano, já existiam muitas civilizações nessa grande porção de terra, entre as quais citamos: Império Egípcio, Império Songhai, Império Mali, Reino de Aksum (ou Ashum), Reino do Congo e Império do Grande Zimbábue, entre outros.
A partir do século XVI, milhares de negros foram trazidos da África para a América, na condição de escravos...
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