A palavra DRAMA vem do grego, e significa AÇÃO. Geralmente, utiliza-se essa palavra para definir uma “história” contada no teatro, no cinema ou até mesmo num livro. Assim, podemos falar que iremos assistir a um “drama”, quando vamos ao cinema...
Mas, como não existia cinema na Grécia Clássica, o “drama” era geralmente associado à literatura e /ou ao teatro. E, como teatro é mais "ação" que literatura...
No final do século XVI, surgiu a ÓPERA. E ópera é um DRAMA com MÚSICA. A primeira ópera (desaparecida), foi feita em 1597, por Jacopo Peri, e se chamava Dafne.
Uma outra ópera de Peri, chamada Eurídice (1600) é a mais antiga que se conhece, e ainda existe.
As óperas mais antigas surgiram na Itália. Por isso, as óperas cantadas nesta língua são consideradas as originais. Mais há óperas cantadas em outras línguas, como o francês, alemão e inglês.
Os lugares onde se apresentavam as óperas também receberam o nome de ópera. A ópera mais famosa é o Scalla, de Milão:
Um dos mais famosos compositores de ópera foi Giuseppe Verdi (1813/1901), e sua óperas mais famosas são conhecidas por todos, até por você, que não gosta de óperas. Duvida? Então, veja algumas das óperas de Verdi, e ouça um trecho, para ver se conhece ou não:
1) Nabucco: foi escrita em 1842 e conta a história do Rei Nabucodonosor, da Babilônia. Ela se divide em quatro atos, sendo que o mais famoso é o terceiro, onde é cantado Va, pensiero ("vai, pensamento"). Esse canto, dos escravos judeus/hebreus, presos na Babilônia, serviu de símbolo para que os italianos lutassem contra os austríacos, que os subjugavam, nessa época:
Va Pensiero
Va', pensiero, sull'ali dorate. (Vá pensamento, sobre as asas douradas)
Va', ti posa sui clivi, sui coll, (Vá, e pousa sobre as encostas das colinas)
ove olezzano tepide e molli (Onde os ares são tépidos e macios)
l'aure dolci del suolo natal! (Com a doce fragrância da terra natal)
Del Giordano le rive saluta, (Saúda as margens do Jordão)
di Sionne le torri atterrate. (E as torres abatidas do Sião)
O mia Patria, sì bella e perduta! (Oh, minha pátria, tão bela e perdida)
O membranza sì cara e fatal! (Oh, lembrança tão cara e fatal)
Arpa d'or dei fatidici vati, (Harpa dourada de desígnios fatídicos)
perché muta dal salice pendi? (Por que você chora a ausência da terra querida?)
Le memorie del petto riaccendi, (Reacende a memória no nosso peito)
ci favella del tempo che fu! (Fale-nos do tempo que passou)
O simile di Solima ai fati, (Lembra-nos o destino de Jerusalém)
traggi un suono di crudo lamento; (Traga-nos um ar de lamentação triste)
o t'ispiri il Signore un concento (Ou que o Senhor te inspire harmonia)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
al patire virtù! (Para suportar o sofrimento)
Tradução e Letra: http://italiasempre.com/verpor/vapensiero2.htm
Va', ti posa sui clivi, sui coll, (Vá, e pousa sobre as encostas das colinas)
ove olezzano tepide e molli (Onde os ares são tépidos e macios)
l'aure dolci del suolo natal! (Com a doce fragrância da terra natal)
Del Giordano le rive saluta, (Saúda as margens do Jordão)
di Sionne le torri atterrate. (E as torres abatidas do Sião)
O mia Patria, sì bella e perduta! (Oh, minha pátria, tão bela e perdida)
O membranza sì cara e fatal! (Oh, lembrança tão cara e fatal)
Arpa d'or dei fatidici vati, (Harpa dourada de desígnios fatídicos)
perché muta dal salice pendi? (Por que você chora a ausência da terra querida?)
Le memorie del petto riaccendi, (Reacende a memória no nosso peito)
ci favella del tempo che fu! (Fale-nos do tempo que passou)
O simile di Solima ai fati, (Lembra-nos o destino de Jerusalém)
traggi un suono di crudo lamento; (Traga-nos um ar de lamentação triste)
o t'ispiri il Signore un concento (Ou que o Senhor te inspire harmonia)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
che ne infonda al patire virtù (Que nos infundam força para suportar o sofrimento)
al patire virtù! (Para suportar o sofrimento)
Tradução e Letra: http://italiasempre.com/verpor/vapensiero2.htm
2) Rigoletto: ópera escrita por Verdi em 1851. Rigoletto é um corcunda e bobo da corte. Sua única alegria é a filha Gilda. Ele apóia o Duque, quando ele tenta seduzir a esposa do Conde, e quando Monterone o acusa de ter seduzido sua filha. Rigoletto zomba da ira de Monterone, e este lhe roga uma maldição, que se concretiza quando o Duque seduz sua própria filha. O trecho mais famoso desse ópera é La Dona e mobile (abaixo, cantada por Luciano Pavarotti):
La Dona e Mobile
3) La Traviata: em português, poderia ser chamado de "a mulher caída". Verdi se baseou na Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, para compor essa ópera em três cenas, que estreou em 1853. Violetta Valéry, uma socialite, conhece Alfredo Germont, numa festa, e ele lhe declara seu amor. Violetta responde que não sabe amar mas, em segredo, gosta das palavras do rapaz. Eles passam a viver juntos, até que o pai dele pede a ela que se afaste. Ela cede aos pedidos do pai de Alfredo, e os dois só se reconciliam quando ela está à beira da morte, debilitada pela tuberculose. A música famosa, aqui, é Libiamo, cantada no primeiro Ato:
Letra e Tradução: http://italiasempre.com/verpor/libiamo2.htm
Num próximo post, veremos outros compositores de ópera, como Bizet, autor de Carmen (onde podemos ouvir a Habanera) ou Rossini, que compôs o Barbeiro de Sevilha...
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