O que se produziu, no Brasil, em termos de música, nos Anos 20? O site Cifra Antiga, nos aponta o seguinte repertório:
1921 - Mimosa, de Leopoldo Fróes
Mimosa !
Tão delicada e melindrosa...
Mimosa !...Mimosa!
Mimosa!
Deus que te fez assim formosa
Tens o perfume de uma rosa
Mimosa! ... Mimosa!
1922 - Papagaio Come Milho, de Francisco Rocha e Tristeza do Jeca, de Angelino de Oliveira
Faço carinhos para quem não merece
Quem apanha, meu bem, não esquece (x2)
Ai! não fui eu que desmanchei a tua cama (x2)
Papagaio come milho, periquito leva a fama (x2)
Nestes versos tão singelos / Minha bela,
Meu amor / Pra você quero cantar o meu sofrer
E a minha dor / Eu sou que nem o sabiá
Quando canta é só tristeza / Desde galho onde ele está
1923 - Só Teu Amor,de Eduardo Souto
Só teu amor me traz tanta alegria
E é toda a causa do meu viver
Só nele penso de noite e de dia
Porque só ele me dá prazer
1924 - Pai Adão, de Eduardo Souto
O Pai Adão lá na sua inocência
Comeu maçã que comer não devia
E desta sua falada imprudência
Foi que nasceu toda a nossa alegria
1925 - De Cartola e Bengalinha, de Freire Júnior
Ela antigamente
Era tão sossegadinha
Hoje, ai minha gente
De cartola e bengalinha (x2)
1926 - Café Com Leite, de Freire Júnior
Nosso Mestre Cuca movimentou / O Brasil inteiro,
Pois cada um Estado pra cá mandou / O seu cozinheiro.
Mexeu-se a panela, fez-se a comida / Com perfeição.
Assim foi a bóia, bem escolhida / Com precaução
Café paulista, / Leite mineiro,
Nacionalista / Bem brasileiro.
1927 - Rapaziada do Brás, de Alberto Marino e Malandrinha, de Freire Júnior
Lembrar, deixem-me lembrar / meus tempos de rapaz no Brás
das noites de serestas / casais de namorados, e as cordas de um violão
cantando em tom plangente, / Aqueles ternos madrigais.
Sonhar, deixem-me sonhar, / lembrando aquele amor fugaz.
A lua vem surgindo cor de prata
No alto da montanha verdejante
A lira de um cantor em serenata
Reclama na janela a sua amante
Ao som da melodia apaixonada
Das cordas de um sonoro violão
1928 - A Voz do Violão, de Francisco Alves e Horácio Campos e Gosto Que Me Enrosco, de Sinhô
Não queiras, meu amor, saber da mágoa/Que sinto quando a relembrar-te estou
Atestam-te os meus olhos rasos d’água
A dor que a tua ausência me causou.
Não se deve amar sem ser amado
É melhor morrer crucificado!
Deus nos livre das mulheres de hoje em dia
Desprezam um homem
Só por causa da orgia!
Gosto que me enrosco de ouvir dizer
Que a parte mais fraca é a mulher
Mas o homem com toda a fortaleza
Desce da nobreza e faz o que ela quer!
1929 - Casa de Caboclo, de Chiquinha Gonzaga, Luiz Peixoto e Heckel Tavares, Jura, de José Barbosa da Silva (Sinhô) e Linda Flor, de Henrique Vogeler, Luiz Peixoto e Marques Porto
Você tá vendo essa casinha simplesinha
Toda branca de sapê
Diz que ela véve no abandono não tem dono
E se tem ninguém não vê
Uma roseira cobre a banda da varanda
E num pé de cambuçá
Quando o dia se alevanta Virge Santa
Fica assim de sabiá
Jura, jura, jura pelo Senhor / Jura pela imagem
Da Santa Cruz do Redentor / Pra ter valor a tua...
Jura, jura, jura de coração / Para que um dia
Eu possa dar-te o amor / Sem mais pensar na ilusão
Ai Ioiô, eu nasci pra sofrer
Fui oiá prá você / Meus oinho fechô
E quando os oio eu abri
Quis gritá quis fugí
Mas você não sei porque, você me chamou
1930 - Trepa no Coqueiro, de Ary Kerner Veiga de Castro e Ta-Hi, de Joubert de Carvalho
Oi, trepa no coqueiro
Tira coco
Xipe, xipe, nheco, nheco
No coqueiro orirá
Oi, trepa coqueiro
Tira coco
Xipe, xipe, nheco, nheco
No coqueiro orirá
Tá-hi / Eu fiz tudo pra você gostar de mim
Oh meu bem / Não faz assim comigo não
Você tem, você tem / Que me dar seu coração
Como você pode ver, poucas músicas que fizeram sucesso na década de 20 chegaram conhecidas à nossa época, com exceção de Gosto Que Me Enrosco, de 1928, entre outras:
Nenhum comentário:
Postar um comentário