sexta-feira, 2 de março de 2012

Carmen Miranda (1909/1930) - Parte I

Há 103 anos nascia, em Marco de Canaveses, Portugal, a cantora Carmen Miranda. Na verdade, ela se chamava Maria do Carmo Miranda da Cunha, e era filha de José Maria Pinto Cunha (1887/1938) e Maria Emilia Miranda (1886/1971). Abaixo, os pais de Carmen:


Ela nasceu em fevereiro daquele ano, e seu pai veio para o Brasil em setembro, para tentar melhorar de vida. Em dezembro, D. Maria veio para cá, trazendo a pequena Carmen e sua filha mais velha, Olinda, que tinha dois anos. Se fixaram em São Cristóvão, mas em 1911, mudaram para o Centro.

Em 1912, nasceu seu irmão Amaro, que era chamado de "Mário" e em 1913 nasceu Cecília. Nessa época, Carmen já era assim chamada por seu tio, pois lembrava a "morenice espanhola" da Carmen de Bizet. Abaixo, Carmen em 1913, com 4 anos:

Em 1915, nasceu a quarta filha do casal Miranda da Cunha: Aurora. E, em 1917, nasceu Oscar, o caçula. O tempo foi passando, e com uma família grande para sustentar, Olinda parou de estudar em 1919, aos 12 anos, para ajudar no sustento da casa, e Carmen parou em 1923, aos 14 anos. Em 1925, a família se mudou para a Travessa do Comércio, onde Carmen (esquerda) e Aurora (direita) tiraram a foto abaixo:

Logo, Carmen começou a trabalhar, no ateliê de Madame Anaïs e mais tarde, em La Femme Chic. Lá, ela fazia chapéus e atendia o público. Em seguida, ela foi trabalhar na loja A Principal, onde conheceu seu primeiro namorado, Mário Cunha. Abaixo, o casal:

Em 1926, a irmã de Carmen, Olinda, retornou a Portugal, para tratar uma tuberculose. Nesse mesmo ano, Carmen apareceu, numa foto, num jornal:

Em 1928, Carmen se apresentou no Instituto Nacional de Música, com apenas 19 anos. Tempos depois, nesse mesmo ano, foi "descoberta por Josué de Barros (1888/1959). Abaixo, os dois:


Entre 1928 e 1929, Josué de Barros levou Carmen para se apresentar em vários lugares. Em setembro de 1929, ele acreditou que ela estava "pronta", e a levou até a Gravadora Brunswick, onde foi ouvida por Henrique Vogeler (1888/1944). Ele gostou da voz da cantora e ela gravou seu primeiro disco, com as músicas Não Vá Simbora e Se O Samba É Moda, ambas de Josué

Como o disco só seria lançado em 1930, e como Josué de Barros não queria esperar tanto, levou a cantora até a Gravadora Victor, onde conversaram com Rogério Guimarães (1900/1980). Rogério não queria ouvi-la, mas o maestro Pixinguinha (então com 32 anos), o aconselhou a ouvir. Logo que ouviu a voz da moça, Rogério determinou que ela gravasse. Assim, Carmen Miranda gravou Triste Jandaia e Dona Balbina (ambas de Josué, gravadas em dezembro de 1929), Burucutum (Sinhô), Mamãe Não Quer (Américo de Carvalho) e Iaiá Ioiô (Josué de Barros), em janeiro de 1930. Mas o maior sucesso de Carmen seria com a música Taí (ou Ta-hi), feita para ela por Joubert de Carvalho (1900/1977). Ela gravou a música em 27 de janeiro de 1930, e dias depois ela estava na boca de todo mundo, sucesso que se prolongaria até o Carnaval de 1931:







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