sábado, 26 de novembro de 2011

Alvarenga & Ranchinho


 Murilo Alvarenga (1912/1978) e Diésis dos Anjos Gaia, o “Ranchinho” (1913/1991), criaram a dupla Alvarenga & Ranchinho, ainda em 1929, quando tinham, respectivamente, 27 e 26 anos. Alvarenga, que era sobrinho de um dono de circo, começou a carreira aos 11 anos, como trapezista e malabarista, passando a cantor de tangos. Conheceu Ranchinho em 1928, e logo formaram uma “dupla caipira”, novidade na época.


Na década de 30, começaram a se apresentar em rádios, e logo formaram Os Mosqueteiros da Garoa, trio que contava com Silvino Neto (1913/1991), que havia “estreado” em 1931. Mas o trio durou pouco, e os remanescentes voltaram à formação em dupla.
O sucesso começou em 1935, com a marcha Sai, Feia, de Alvarenga. Fizeram sucesso em São Paulo, e depois passaram a se apresentar na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Abaixo, a dupla cantando Êh São Paulo (1943):


                                                                       
Em 1936, gravaram seu primeiro disco, com as músicas Itália e Abissínia e Liga das Nações. Ainda nesse ano, se apresentaram na Argentina. Em 1937, passaram a se apresentar no Cassino da Urca (abaixo), ali trabalhando até o fechamento, dez anos depois.


   Em 1938, Murilo Alvarenga e Herivelto Martins compuseram Seu Condutor, música que foi o maior sucesso carnavalesco da dupla. Ainda neste ano, a dupla separou-se pela primeira vez, fato que ocorreria diversas vezes, no decorrer dos anos. Abaixo, trecho da música Seu Condutor, e um pouco mais sobre as separações da dupla (Fantástico - 1978):


Em 1939, novamente se uniram e criaram repertório para lançar novo disco. Mas a Censura estava dura, naqueles tempos, e Alzira Vargas os convidou, para tocar para o próprio Getúlio Vargas. Só depois de ouvir as músicas, o Presidente as liberou em todo território nacional. Foi nesse ano que ganharam o apelido de Os Milionários do Riso.
Em 1940 gravaram Romance de Uma Caveira (Alvarenga e Chiquinho Sales), um de seus maiores sucessos) e em 1943, gravaram Drama da Angélica (Alvarenga e M. G. Barreto).


Com o fechamento dos cassinos, em 1946, Murilo Alvarenga abriu uma boate em Copacabana, mas ela durou apenas dois anos. Em 1950, a dupla se apresentou, durante um mês, no Cassino Estoril, em Lisboa, Portugal. Em 1952, gravaram a marcha Cordão Japonês. Em 1959, largaram o rádio, e passaram a se dedicar à televisão e em 1965, Diésis foi substituído por Homero de Sousa Campos.

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